quinta-feira, 4 de setembro de 2014
O motoboy passa por mim no trânsito e acena com mão fazendo o movimento de girar a manete, só para ouvir o motorzão da nova Ninja 1000 2015. Seja pelo design esportivo, a melodia do quatro cilindros em linha ou ainda pela chamativa cor “verde Kaswasaki”, andar com a nova touring japonesa é pura diversão – acompanhada de uma dose de ostentação, confesso. É um motão, no melhor sentido da palavra: porte imponente, motor de sobra, freios sarados, pneus largos, carenagem completa e ainda um banco traseiro que reserva algum conforto ao garupa, além de um jogo de malas laterais que já acompanha de série o modelo. Diante disso, vamos para a estrada!
Antes do passeio, uma explicação: a Ninja 1000 tem basicamente a mesma mecânica da Z1000 (veja comparativo dela com a BMW S1000 R clicando aqui!), mas com uma pegada de turismo. Ao contrário da naked, a Ninja traz uma carenagem onde você pode se proteger do vento e até um pouco da chuva. No dia-a-dia, lembre-se de deixar as malas laterais (29 litros litros cada) em casa, pois elas tornam a largura da moto impraticável para andar nos corredores urbanos. Fora isso, ela é mais pesada nas manobras e menos ágil nas mudanças de direção que a Z1000. Dá para usar todo dia? Sim, mas cansa um pouco. Se sua prioridade for cidade, vá de Z1000.
É na estrada que todas as vantagens da Ninja vêm à tona. Ô delícia! Saí num belo domingo de sol em São Paulo para dar uma volta e quando fui ver já estava no fim da Rodovia dos Bandeirantes, no interior do estado. É ali o habitat desta moto, uma estrada aberta com diversas pistas e curvas abertas e longas. A posição de pilotagem é confortável (sem ficar tão inclinado para frente como nas esportivas), o banco é macio (bem melhor que o assento raso da Z1000), as pernas encaixam bem no tanque e a ampla bolha para-brisa oferece ótima proteção mesmo em velocidades elevadas. Aliás, respeitar o limite da estrada é um constante exercício de autocontrole, pois a Ninja quer sempre dar um golpe à frente. Diferentemente da Z1000, cujo projeto naked não prevê nenhuma proteção aerodinâmica, aqui a sensação de conforto é total, fazendo a velocidade parecer menor do que ela realmente é.,
Harley-Davidson lançará modelo mais barato no Brasil
A Harley-Davidson lançará no mercado brasileiro seu modelo mais acessível. Considerando os preços nos Estados Unidos e na Europa, a Street 750 (codinome XG 750) deve sair por cerca de R$ 28 mil no Brasil, menos do que a Iron 883, até então a mais barata da marca e que custa R$ 32.900.
A expectativa é que o modelo comece a ser montado em Manaus ainda neste ano. Ele foi um dos que a marca disponibilizou para avaliação na apresentação da linha 2015, na Califórnia, na semana passada (o colunista viajou aos EUA pela Revista da Moto e a convite da Harley-Davidson).
Também disponível em versão de 500 cc no exterior, a Street oferecerá à Harley a chance de atuar com mais força em mercados emergentes, como Índia e Brasil, onde serão montadas, além de conquistar clientes mais jovens e de menor poder aquisitivo em mercados consolidados, como a Europa e os EUA.
É conhecido o potencial de crescimento no mercado do Brasil das motos de mais de 450 cc. De acordo com os números divulgados pela associação dos fabricantes, a Abraciclo, no primeiro semestre de 2014 a venda de motos no Brasil retrocedeu 12,2% frente ao mesmo período do ano anterior. Mas, ao considerar apenas os modelos de 450 cc ou mais, essa realidade se inverte, com vendas 13% maiores.
A explicação para a queda do mercado geral tem relação com a restrição ao crédito para a compra de motos pequenas. Já o cliente das motos maiores, menos dependente de financiamento, empurra para cima os indicadores, o que motiva os fabricantes a capricharem na oferta.
Marcas de olho no nicho
A Honda, líder disparada do mercado brasileiro e dona de mais de 80% do bolo, é agressiva no nicho que vai dos R$ 25 mil a R$ 35 mil.
Também disponível em versão de 500 cc no exterior, a Street oferecerá à Harley a chance de atuar com mais força em mercados emergentes, como Índia e Brasil, onde serão montadas, além de conquistar clientes mais jovens e de menor poder aquisitivo em mercados consolidados, como a Europa e os EUA.
É conhecido o potencial de crescimento no mercado do Brasil das motos de mais de 450 cc. De acordo com os números divulgados pela associação dos fabricantes, a Abraciclo, no primeiro semestre de 2014 a venda de motos no Brasil retrocedeu 12,2% frente ao mesmo período do ano anterior. Mas, ao considerar apenas os modelos de 450 cc ou mais, essa realidade se inverte, com vendas 13% maiores.
A explicação para a queda do mercado geral tem relação com a restrição ao crédito para a compra de motos pequenas. Já o cliente das motos maiores, menos dependente de financiamento, empurra para cima os indicadores, o que motiva os fabricantes a capricharem na oferta.
Marcas de olho no nicho
A Honda, líder disparada do mercado brasileiro e dona de mais de 80% do bolo, é agressiva no nicho que vai dos R$ 25 mil a R$ 35 mil.
Além de manter a antiga 400 cc, a NX4, a empresa lançou a NC 700X em 2012. No ano seguinte, iniciou uma família de motos de 500 cc – as CB 500X (foto ao lado), CB 500S e CBR 500 – que se tornaram as best-sellers da faixa de preço inferior a R$ 30 mil.
Mesmo sem novidades, a Yamaha viu suas XT 660R e XT 660Z (foto abaixo) crescerem na preferência dos consumidores, praticamente dobrando a venda desses modelos nesta primeira metade de 2014.
De olho nesse aquecido segmento estão também marcas tidas como "premium". Apesar de a capacidade industrial delas no Brasil ser menor do que as pioneiras Honda e Yamaha, essas empresas não querem ficar de fora do segmento que mais vende.
Mesmo sem novidades, a Yamaha viu suas XT 660R e XT 660Z (foto abaixo) crescerem na preferência dos consumidores, praticamente dobrando a venda desses modelos nesta primeira metade de 2014.
De olho nesse aquecido segmento estão também marcas tidas como "premium". Apesar de a capacidade industrial delas no Brasil ser menor do que as pioneiras Honda e Yamaha, essas empresas não querem ficar de fora do segmento que mais vende.
Um exemplo é a alemã BMW, conhecida por modelos exclusivos que custam mais de R$ 100 mil, mas que não deixará a pé quem entrar em uma de suas revendas e não quiser (ou não puder) gastar mais de R$ 30 mil. Para esse cliente, a BMW oferece sua versátil trail G 650 GS, cujo preço sugerido é de R$ 29.800.
Por pouco mais que isso, R$ 31.490,00, a britânica Triumph entrega aos consumidores brasileiros ávidos por se destacarem na paisagem ao guidão de algo diferente sua clássica Bonneville T 100 (ao lado), bicilíndrica de 865 cc que aposta todas suas fichas misturando o estilo retrô com uma mecânica bem atual.
Como é a Street
A Street será a primeira moto da marca a trazer motor e chassi 100% novos em 14 anos desde a V-Rod apresentada em 2001.
Por pouco mais que isso, R$ 31.490,00, a britânica Triumph entrega aos consumidores brasileiros ávidos por se destacarem na paisagem ao guidão de algo diferente sua clássica Bonneville T 100 (ao lado), bicilíndrica de 865 cc que aposta todas suas fichas misturando o estilo retrô com uma mecânica bem atual.
Como é a Street
A Street será a primeira moto da marca a trazer motor e chassi 100% novos em 14 anos desde a V-Rod apresentada em 2001.
Fiéis a tradições estéticas e técnicas como poucos, os técnicos da Harley-Davidson disfarçaram bem a existência da refrigeração líquida no novo motor das Street 500 e 750 batizado de Revolution X. Outra preocupação foi com o som que sai dos escapes, pois não bastaria ser uma Harley e parecer uma Harley se ela não soasse como uma Harley quando acelerada.
Ao rodar com a Street 750 durante a apresentação da linha 2015, na Califórnia, pude comprovar que, mesmo sendo a motocicleta mais econômica da marca, o DNA dos modelos mais clássicos está presente nela.
Em termos estéticos, o motor V2 é o protagonista do design. A moto está aquém do padrão de acabamento da Harley: tem conectores elétricos aparentes e mal posicionados, suporte de pedaleiras rústicos em chapa estampada e alguns parafusos galvanizados excessivamente à mostra podem indicar que, para conseguir um preço competitivo, concessões tiveram de ser feitas.
Baixa e alongada, a Street 750 permite a condutores de estatura limitada colocar os pés no solo com facilidade. Isso confirma uma das principais ideias do projeto: ser uma motocicleta acessível até para os menos experientes ao guidão. Outro fator que ajuda nessa tarefa é o peso – 222 kg em ordem de marcha. São 33 kg a menos do que a Iron 883, a menor das Harley-Davidson anteriores.
A Street 750 mostra ainda excelente maneabilidade e pronta resposta ao acelerador, mesmo nas mais baixas rotações, o que justifica o nome de batismo “Street” (rua em inglês). É uma motocicleta com performance ideal para cidades. Boa parte desse caráter é percebido na posição de pilotagem, com pedaleiras centralizadas e guidão próximo ao tórax, bem diferente de outras Harley-Davidson, com pedaleiras e guidão avançados que sugerem o uso em estradas.
Como em todas as motos da marca de Milwaukee, é o torque, e não a potência bruta, a prioridade. Mesmo tendo apenas 750 cc, há bom vigor em todas as faixas de rotação assim como uma típica vibração que muitos identificarão como parte do modo Harley-Davidson de fazer motocicletas. É um meio de cativar clientes tradicionalistas, assim como oferecer aos novos o “sabor” das motos maiores da marca.
O novo modelo é exatamente o que parece e promete ser: a porta de acesso para consumidores vindos de segmentos menos prestigiados para a icônica marca norte-americana, que poderá entrar na briga nesse nicho do mercado brasileiro que só vê suas vendas crescerem.
Baixa e alongada, a Street 750 permite a condutores de estatura limitada colocar os pés no solo com facilidade. Isso confirma uma das principais ideias do projeto: ser uma motocicleta acessível até para os menos experientes ao guidão. Outro fator que ajuda nessa tarefa é o peso – 222 kg em ordem de marcha. São 33 kg a menos do que a Iron 883, a menor das Harley-Davidson anteriores.
A Street 750 mostra ainda excelente maneabilidade e pronta resposta ao acelerador, mesmo nas mais baixas rotações, o que justifica o nome de batismo “Street” (rua em inglês). É uma motocicleta com performance ideal para cidades. Boa parte desse caráter é percebido na posição de pilotagem, com pedaleiras centralizadas e guidão próximo ao tórax, bem diferente de outras Harley-Davidson, com pedaleiras e guidão avançados que sugerem o uso em estradas.
Como em todas as motos da marca de Milwaukee, é o torque, e não a potência bruta, a prioridade. Mesmo tendo apenas 750 cc, há bom vigor em todas as faixas de rotação assim como uma típica vibração que muitos identificarão como parte do modo Harley-Davidson de fazer motocicletas. É um meio de cativar clientes tradicionalistas, assim como oferecer aos novos o “sabor” das motos maiores da marca.
O novo modelo é exatamente o que parece e promete ser: a porta de acesso para consumidores vindos de segmentos menos prestigiados para a icônica marca norte-americana, que poderá entrar na briga nesse nicho do mercado brasileiro que só vê suas vendas crescerem.
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