MARCELO FENERICH
Apresentada no início do mês, no Salão de Milão (Itália), a Ducati 1199 Panigale chega ao mercado europeu quebrando os paradigmas da própria fabricante no segmento de superesportivas.
“Queríamos apostar em uma nova tecnologia. Deixamos de lado o chassi de treliça, que era nossa marca registrada, para utilizar um do tipo monocoque de alumínio, bem mais leve”, conta o diretor geral da marca italiana, Claudio Domenicali. Além disso, na caranegem está estampado o nome do bairro de Bolonha onde fica a sede da Ducati, Borgo Panigale.
Projetado para fazer parte do chassi, o motor bicilíndrico em “V”, chamado Superquadro, gera 97,7 cv de potência e 13,5 mkgf de torque. A carcaça do virabrequim é fundida a vácuo, que elimina a necessidade de juntas na base dos cilindros.
Segundo os engenheiros da marca, isso também permite que a parede do bloco seja de menor espessura, sem comprometer sua resistência.
Ainda de acordo com os projetistas da fabricante, para melhorar a transmissão da potência do propulsor, a distância entre os centros dos eixos das seis marchas do câmbio foi aumentada. Essa solução permitiu aumentar o diâmetro das engrenagens.
A transmissão traz ainda mecanismo servoassistido e progressivo. O recurso evita que a motocicleta saia de traseira com facilidade em condições extremas. Além disso, na pilotagem do dia a dia, a Panigale também fica mais à mão.
Mercado
No lançamento do modelo os representantes evitaram falar sobre planos de trazê-lo ao País. Questionados, mudavam de assunto, comentando, por exemplo, que a fábrica que têm na Tailândia não foi afetada pelas inundações ocorridas no mês passado.
De acordo com fontes ligadas à marca, o modelo será vendido aqui em 2012. E com um preço bem maior do que o sugerido para o mercado europeu, que é de 19.200 euros, o equivalente a R$ 48 mil.
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