quinta-feira, 27 de outubro de 2011
Atenção ao rack estético
GUILHERME WALTENBERG
Pelo menos 50% dos usuários de bagageiros de teto têm esse item em seus carros apenas como enfeite. É o que aponta uma pesquisa da empresa de acessórios automotivo Eqmax.
Há, inclusive, algumas montadoras que já oferecem, de fábrica, o rack com função meramente decorativa. Um exemplo é a Fiat, com o Palio Adventure. O bagageiro de teto do modelo não é próprio para levar carga.
No entanto, mesmo os racks com função exclusivamente estética podem prejudicar alguns aspectos do veículo. É comum esse acessório fazer barulho em alta velocidade. “Pode ficar um zumbido”, afirma o conselheiro da Sociedade dos Engenheiros da Mobilidade (SAE) Francisco Satkunas.
No caso do rack utilizado para carregar bagagem, o motorista precisa ter mais cuidado, pois o item pode até comprometer a segurança.
Satkunas alerta que, ao levar carga no bagageiro de teto, o centro de gravidade do carro se eleva, aumentando a inclinação da carroceria ao fazer curvas. “É importante reduzir a velocidade por precaução.”
O consumo de combustível também é maior, pois o bagageiro aumenta a resistência ao ar.
O analista técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária (Cesvi) Gerson Burin, por sua vez, alerta para o limite de peso do rack. “Se for ultrapassado, a estrutura do veículo pode ser danificada.”
Esse limite varia conforme o carro. A informação sobre peso que o veículo é capaz de suportar em seu teto consta no manual do proprietário.
Outra recomendação é cobrir a bagagem. O motorista será multado se cair alguma coisa no trajeto. A infração é gravíssima – são sete pontos na CNH. Além disso, protege a carga em caso de chuva, por exemplo. “Bagageiros fechados são boas opções, pois eles não deixam a carga molhar ”, diz Satkunas.
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