No visual, a nova Ninja média mudou pouco, mas o suficiente para deixá-la mais agressiva. Os faróis, agora maiores, ganharam ângulos mais agudos, enquanto os piscas, ainda integrados na carenagem, foram redesenhados em forma trapezoidal. A carenagem também mudou. As saídas de ar ficaram maiores para oferecer uma dissipação maior do calor produzido pelo propulsor mais forte e os grafismos abriram mão do nome da moto para estampar a inscrição 636, frisando mais uma vez que a ZX-6R está mais potente.
Motor e ciclística redesenhados
Embora a grande sacada da Kawasaki para 2013 seja a mudança na motorização, não é a primeira vez que a ZX-6R conta com motor de quatro cilindros em linha de 636 cm³. Esta arquitetura já equipou a moto entre 2002 e 2006. Todavia, não se trata do mesmo propulsor. Enquanto a 636 do início da década contava com diâmetro x curso de 68 x 43,8 mm, a nova tem motor derivado da geração anterior, com 599 cm³ e diâmetro x curso de 67 x 42,5 mm. Para conseguir os 37 cm³ a mais, os engenheiros da marca verde aumentaram o curso do pistão, que passou a ter 45,1 mm.
Com isso, aumentaram consideravelmente a potência e o torque máximos produzidos pelo motor. Assim, no lugar dos 128 cv a 14.000 rpm, a nova Ninja 636 passa a entregar 137 cv a 13.500 rpm, ambas já com a interferência do sistema Ram Air (a indução direta de ar). Já o torque aumentou de 6,8 kgf.m a 11.800 rpm para e 7,2 kgf.m a 11.500 rpm. Para segurar a potência extra, a nova máquina da Casa de Akashi conta com um novo freio dianteiro com disco duplo tipo margarida com diâmetro de 310 mm e pinça radial de quatro pistões que receberam, ainda, o auxílio do ABS. O freio traseiro, no entanto permanece o mesmo disco simples, também tipo margarida, com 220 mm de diâmetro e pinça de pistão único.
A nova Ninja também ficou cinco milímetros mais curta, com 2.085 mm, o que pode ser atribuído à diminuição do ângulo de cáster de 24 para 23,5° e do trail, que caiu de 103 para 101 mm. A largura de 705 mm e a altura de 1.115 mm, no entanto, foram mantidas. Alterações foram feitas também na ciclística da superesportiva. O conjunto de amortecimento dianteiro continua sendo invertido “upside-down” e com 120 mm de curso, mas passa a contar com o sistema de garfo de funções separadas (Separate Function Fork) herdado dos modelos de motocross, porém com molas nos dois tubos. Já a suspensão traseira monoamortecida com ajuste a gás e 134 mm de curso e o quadro perimetral em alumínio permanecem iguais.
Sempre mais potente
Outra premissa da marca japonesa que está se confirmando é a definição dos modelos de maior cilindrada como referência para os outros da mesma classe. No caso, tanto a Ninja 300 como a ZX-6R ganharam elementos – e até as cores – para ficarem mais parecidas com a ZX-10R, enquanto a nova Z 800 deverá estar visualmente semelhante à Z 1000.
Chegou em segredo
Em relação ao mercado brasileiro, os amantes de superesportivas podem comemorar. A Kawasaki ainda não confirma, mas um vídeo, aparentemente gravado na linha de montagem da marca verde em Manaus, pôs um fim no mistério. No vídeo, que vazou na internet – e possivelmente já foi tirado do ar – um homem aparece apresentando as novas ZX-6R 636 e Z 800 em português e, inclusive, chega a acelerar os dois modelos.
Não há como ter certeza de o vídeo foi mesmo filmado nas instalações da marca, mas as motos aparecem nítidas e em detalhes, confirmando que as duas já estão no Brasil. Se levarmos em conta também a rapidez de outros lançamentos da marca que chegaram aqui, como ER-6n, Ninja 650 e a bigtrail Versys 1000, podemos ter novidades oficiais sobre a nova superesportiva ainda neste ano.
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