Um bom exemplo de novas condutoras é a assistente administrativa Elaine de Fátima Pereira dos Santos, de 26 anos. Funcionária da Honda Serviços Financeiros, a jovem aproveitou uma
promoção e adquiriu uma Honda Pop 100 em abril do ano passado. “Sempre quis pilotar moto. Quando comecei a trabalhar na Honda, atiçou minha vontade”, diz ela, que roda todos os dias 30 km entre sua casa, no Jardim Santa Cruz, em São Paulo, até a sede da empresa, no Morumbi. Como primeira vantagem da moto, Elaine aponta a economia de tempo.
Outro fator que a fez trocar o carro pelas duas rodas foi o bolso. “Antes gastava cerca de R$ 10 por dia com gasolina para vir de carro. Agora, gasto R$ 8 por semana com minha Pop”, comemora a jovem motociclista. Já a estudante de fisioterapia Andréia Alvarez, de 30 anos, encontrou no scooter Suzuki Burgman AN 125 um meio prático para conciliar as tarefas do dia-a-dia de dona de casa com os estudos. “Com o scooter, consigo chegar a tempo às aulas à noite, pois todo dia tenho de buscar minhas filhas na escola”, conta ela, que mora no Jardim São Paulo e estuda em Santana, ambos na zona norte da capital paulista. Casada com o motociclista Sérgio, proprietário de uma Honda Valkyrie, Andréia sempre quis aprender a pilotar.
No Natal de 2006, ganhou do marido o scooter de 125cm³. “Dei umas voltas, gostei e fui tirar minha carteira de habilitação. Adorei pilotar”, diz ela, que agora também possui uma Kawasaki ZX-11, usada em viagens com Sérgio. Mas o que conquistou mesmo a estudante foi a praticidade do veículo. “Não preciso me preocupar em encontrar vaga para estacionar. Ele cabe em qualquer lugar”, revela. Andréia conta que suas colegas se encantaram com seu scooter e agora virou moda na sua classe.“Somos quatro mulheres motociclistas, todas com Burgman. O meu é vinho e minhas colegas compraram cada um de uma cor.” Formada em Relações Internacionais, Nadja Daniela Montagner, 23 anos, herdou do pai, Durval, dono de duas Harley-Davidson, a paixão por motocicletas.
No dia-a-dia, Nadja pilota uma Honda CBX 250 Twister e, para viagens nos fins de semana, outra Honda, uma Shadow 600. Quando ia à faculdade, a jovem motociclista percorria cerca de 40 km entre sua casa, na zona norte, e a universidade, na zona sul. “De carro, gastava mais de uma hora no trânsito. De moto, em 40 min estava lá, feliz da vida”, conta. Apesar de pilotar uma moto de 600 cm3, Nadja Montagner quer mais. Seu sonho é ter uma HD V-Rod. Enquanto o modelo de luxo da marca norte-americana não vem, a jovem motociclista se contenta em viajar, de moto, é claro, ao lado dos pais e de amigos. “Gosto de rodar pela rodovia dos Bandeirantes e ir até Jundiaí, Itu. Viajar de moto é tudo de bom!”.
Hoje, quando se fala em vendas de motos, o interior de São Paulo é um dos maiores mercados do país. Confirmados os dados da Abraciclo, de cada 100 motos vendidas na Pro-Link, concessionária Honda de Indaiatuba, 20% são destinadas às mulheres. A comerciante Andréia Gomes, de Indaiatuba, adotou a motocicleta como veículo oficial há cinco anos. Aos 33 anos, com 1,62 m e dona de uma Twister e uma CG 150, ela disse sim à motocicleta em função de sua agilidade, economia de tempo e, principalmente, pela prazerosa sensação de liberdade que o veículo proporciona.
Já Lori Pesce, 47 anos, tem quase 30 de motociclismo nasveias. Iniciou-se no off-road, fazendo trilhas na Serra do Japi – hoje fechada para as motocicletas. De lá para cá, Lori teve mais de 10 motos, as últimas três foram do modelo Yamaha Virago 250. “A Viraguinho é uma moto que pode ser usada tanto no dia-a-dia como em viagens curtas”, explica a motoaventureira, dizendo que seu sonho mesmo é ter uma Harley. Para rodar com segurança, a experiente motociclista dá algumas dicas: “Pilote bem equipada e seja, sempre, bastante cuidadosa e antenada no que está acontecendo ao seu redor”, conclui. As mulheres estão constatando o quanto a moto é importante!
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